sábado, 7 de março de 2015

Autoescola [crônica]

 Acredito que muitos jovens hoje em dia esperam ansiosamente pelos 18 anos, para poderem finalmente tirar a carteira de motorista. Mas, independente da idade, se é ou não com "paitrocínio", você acha justo pagar quase dois mil para aprender a usar 3 pedais, câmbio de marcha, girar o volante, parar nas placas de 'pare', não passar no sinal vermelho e coisas assim?
 Concordo que o que se aprende lá, embora algumas coisas acabem esquecidas, sejam bem relevantes, mesmo com alguns motoristas negligenciando as aulas.
 Pois bem, uma pessoa que nunca tenha dirigido na vida, vai ir fazer o teste final, e se passar, pegar a carteira bem inseguro ao volante, principalmente moto, que a gente só fica dando volta dentro daquele espaço fechado. Mas agora chegamos onde eu queria. Além de todos estes pontos, as pessoas saem sem saber nem abrir o capô. A manutenção do veículo é bastante importante e se a gente soubesse mexer, isso nos deixaria mais "independentes" em certo aspecto. As autoescolas, na minha opinião, deveriam ter em sua grade aulas de noções de mecânica. O mínimo, pra ninguém sofrer tanto quando precisasse disso alguma hora, e também pra ninguém te enganar dizendo que é uma coisa sendo outra. Isso seria de muita utilidade, enfim, mas enquanto isso não acontece, ficamos sem saber qual é o problema quando temos um e nos obrigamos a correr toda hora para mecânica, pagando valores quase absurdos por um concerto que qualquer um poderia fazer.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Pedágio [crônica]

Quando alguém diz que concorda com pedágio, alegando que só assim tem asfalto decente e tal, eu não sei se é falta de informação ou ingenuidade (pra não dizer burrice) mesmo. A lógica do pedágio, basicamente é: direito de passagem mediante uma taxa em troca da manutenção das vias. A lógica do imposto, basicamente é: você pagar uma taxa incluída no que você for comprar, acumulando capital nas mãos do governo, que em troca ele nos retorna com investimentos nas necessidades básicas, que é um direito de todo cidadão. Então, se eu tenho que pagar imposto pra tirar a carteira de habilitação; pra comprar um carro; pra colocar combustível; pra renovar os documentos anualmente; pra renovar a carteira; por que diabos eu tenho que pagar mais taxas nos pedágios pra poder rodar?
 Todo dinheiro arrecadado com os impostos é dividido para suprir cada departamento, mas por que isso não ocorre? Temos que sempre optar por planos particulares sendo que o governo tem obrigação de amparar o seu povo.
 Eu sei que já vem sendo encalacrado em nossos inconscientes através de cada geração o conformismo. E o consumismo. Mas quando alguém concorda que só com particular conseguiremos viver bem fica mais difícil a saída desse comportamento. Na minha humilde opinião, a solução é autogestão, anarquia! Mas isso é assunto pra outra hora.
 Eu só me questionei sobre o assunto e resolvi postar aqui, já que queremos encarar a estrada. Só que a vida no modo capitalista não é fácil, ainda mais aliada à corrupção e gente que aceita ser cúmplice, que no caso acha certo ficar dando mais dinheiro a esses extorquistas.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Na Valeta

O assunto já foi relatado aqui (Dia Ruim!) mas agora será contado pela visão do motorista, no caso eu, que não gostei nada dessa experiência assustadora.
 Só pra constar: um dia antes havíamos caído de moto; no dia do ocorrido a Dio estava com um mau-pressentimento; e eu também cheguei a comentar, enquanto íamos pra casa, que estava receoso em acelerá-la demais, devido a folga no volante e a sua instabilidade, enfim...
 Chegada a hora de ir pra casa, embarcamos na Efigênia e fomos. Percorremos bem o trajeto do mercado à minha casa, ou melhor, percorremos bem a maior parte, com os declives, as poucas curvas.... Já que é um rodovia, bem sossegado, mas nos metros finais, numa reta, levemente inclinada, a kombi puxa pro lado...
 Aquilo já tinha acontecido, dela bambear na pista, e a Dio já fala meu nome em tom de repreensão e do porque da ação, como se fosse uma brincadeira minha. Assim que ela se estabiliza na pista, eu indago: "Quê??", mostrando que tá tudo bem.
 Mas não foi o caso. Eu tentei controlá-la mas não consegui, a Dio bradou: "Glaykom!!", mas não deu tempo de ajeitar a situação e responder. Foi tudo muito rápido. É terrível, você percebe que não tem controle sobre a situação. Estava vindo uma carreta na outra pista e o pensamento que a gente poderia bater de frente com ela me assustou muito. Do outro lado da pista é uma ribanceira, sem acostamento, sem nada. Nesses casos de derrapagens e afins todo mundo sabe que o melhor a fazer é tirar os pés do pedais, e talvez meu cérebro tenha processado essa informação mas a minha ação não foi essa. Provavelmente pisei no freio e por fim saímos da pista, pro nosso lado mesmo, numa valeta, ficando em diagonal, com uma das rodas traseiras dentro do buraco. Assim que ela parou com um baque no barro, a porta do passageiro se abriu e a Diovana transpassou-a. Com o impacto ela deu uma leve inclinada e eu pensei que ela ia capotar. Não aconteceu, para nosso alívio. Mas foi assustador. Eu cheguei a cair no chão, mas me levantei rapidamente saindo lá pra fora atrás da Dio. Vi que a luz estava ligada e fui desligar. A Dio já estava de pé, dizendo que estava bem, e que estava preocupada com a Efigênia. Mesmo com todo o carinho que a gente tem por ela, é só um monte de lata, né? PQP! Ela insistiu que estava bem, daquele jeito braba dela falar (claro que não estava, e depois ela falou que estava dolorida). Os moradores duma casa, uns 10m a frente, saíram, querendo saber se alguém tinha tinha se machucado pra ligar pra ambulância e tudo mais...
 Ligamos pro pai, como sempre, e mais uma vez ele foi nos socorrer. Na verdade nós tentamos tirá-la de lá sozinhos, mas não obtivemos êxito. Ele chegou lá, e já saiu atrás de um conhecido que tinha um guincho, mas não encontrou ele em casa. Trouxe um pedaço de borracha pra amarrarmos e ver se dava certo.
 Desde a batida, até a saída, eu nunca tinha visto tanto movimento naquela parte da estrada, e como as pessoas não estão nem aí, pois mesmo com gente na pista, galhos colocados no chão, uma kombi caída na valeta com metade pra dentro da pista, passavam muito rápido e muito perto. Não consegui entender o porque....
 A Lisa e o Edson, que iriam lá em casa acabaram subindo lá, ajudar a encalhada. Amarrado a borracha, e esperando que não arrebentasse, forçamos e voltamos a pista facilmente, com a ajuda dos ali presentes. A porta não fechou mais. Chegamos em casa, jantamos, e assim passou aquela noite trágica...
 Na manhã seguinte, a constatação dos estragos: um lado do pára-choque solto; o outro lado amassado; uma calota torta; e a porta, que entortou a dobradiça de baixo, fazendo ela "fechar", enroscando uns centímetros antes do que deveria. Na verdade tínhamos que bater mais forte.
 Mesmo assim, como estava chovendo, iríamos com ela pro mercado, mas nos primeiros metros a porta abriu de repente, fazendo a gente abandonar a ideia, e deixando ela parada desde então.




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O passeio da moto dentro da kombi

 Na verdade, quando a gente contou essa história, as pessoas não expressaram nenhuma surpresa, como se todo mundo já espere que a gente faça esse tipo de coisa com uma kombi.
 Então, normalmente a gente vai de moto pro mercado, a não ser quando está chovendo na hora da nossa ida, aí, ou pedimos uma carona ou vamos de kombi. Quando a gente vai de moto e está chovendo na saída, às vezes o pai dá uma carona, o que já aconteceu e no outro dia voltamos com ele, quando é final de semana. Uma vez porém, a moto ficou lá, e no outro dia, como era segunda e o tempo estava limpo fomos a pé para o trabalho. Tudo bem. Numa outra, porém, de quinta pra sexta, a moto tinha ficado lá e estava chovendo, então fomos com a Efigênia. Agora tínhamos duas opções: Ou carregá-la para dentro da Efigênia, ou deixá-la e levantar bem cedo no dia seguinte para chegar a tempo de abrir o mercado. Pensamos durante o expediente, e como nós gostamos de dormir, decidimos carregar a moto. Até que não foi difícil erguê-la e ajeitá-la, mesmo o local não favorecendo em nada e nós não tendo nada para nos auxiliar, mas é bem tenso dirigir com essa responsabilidade. A Dio foi atrás, só pra garantir, mas não havia problemas. Durante o trajeto chegamos até a pensar que a mãe da Dio iria nos repreender, mas não, ela já estava esperando que a gente fizesse isso mesmo. Até porque é a solução mais prática, de qualquer forma, Ela nos ajudou a tirar a Eleonor lá dentro, e parecia que estava mais complicado do que colocar, enfim. Mais tarde, constatamos que havíamos nos esquecido de umas coisas que ela tinha nos pedido, já que estávamos com a kombi, e seria melhor para trazer....
 Enfim, na manhã seguinte pudemos acordar em cima da hora e ir de moto.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Nota de solidariedade - o sequestro da Eleonor

 Acho que não foi dito ainda aqui, mas a Efigênia tem uma irmã de garagem: Eleonor - a moto, 150c, 2007, preta. Ela é mais nova que a Efigênia mas está há mais tempo conosco, por isso temos um grande apreço por ela também.
 Pois bem, eu sou contra - entre outras - nosso sistema de trânsito e política do mesmo, mas ainda assim para evitar maiores problemas, procuro estar sempre em dia com os documentos e tudo mais, para poder rodar tranquilamente.
 O fato é que nós estávamos discutindo se subíamos pro mercado de moto ou de kombi, já que o tempo estava com cara de chuva. Optamos pela moto. Fizemos uma outra rota já que tínhamos que passar na farmácia. Seguindo então o trajeto nos deparamos com uma viatura da dittesc* num trevinho que dá pra uma mão-única. Eles seguraram, então nós passamos a frente, paramos na esquina e no semáforo que se seguiam corretamente, e mais adiante, atrás de uma fila eles encostam do lado e pedem pra gente parar. Paramos. Como estava tudo certo, não haveria problema, pensei. Até que eles consultaram o documento da Eleonor e estava atrasado. Acontece que, de fato eu havia pagado tudo certo, mas direto no banco  não dei entrada na delegacia. Aí o problema. Sem negociação com os guardin.... digo, com os agentes, levamos uma multa e esperamos pacientemente pelo guincho.  O agente, sem identificação na farda, mas a meu pedido depois se apresentou como Maurício, estava nos sugerindo para irmos à um despachante que eles faziam o serviço rápido. Há.... Claro, com aquele custo básico que existe em tudo, enfim.....
 Mas como a Fia trabalha na delegacia fomos até lá pra ela nos socorrer. Depois de tomarmos uma cerveja, claro.
 Chegando lá, ela nos priorizou e fez o favorzão de imprimir na hora o documento. Pronto, documento em dia.
 Mesmo que fosse só imprimir, isso levaria, no mínimo um dia, e eu não sei se tem alguma taxa, que é provável que tenha. Então, obrigado Efigênia.
 Saímos da delegacia direto para o escritório da dittesc pegarmos a autorização pra a retirada dela do Marcão (guincho). Meu pai buscou a gente e nos levou até lá. Tudo isso acho que demorou menos do que a demora do guincho pra chegar lá antes, e a Eleonor não ficou nem duas horas naquele maldito pátio..... De qualquer forma: prejuízo: R$ 89,00. Pagamos o resgate, recuperando-a, e finalmente concluímos a chegada ao mercado. O dia seguiu bem depois desse começo de tarde interminável.

*DITTESC: Diretoria de Trânsito, Transporte e Segurança de Caçador.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Dia ruim!

Ontem (22) fomos trabalhar de Kombi e estava tudo normal. Chegou a hora de ir para casa, o Glaykom pegou a Kombi, estacionou na porta do mercado, entrei e fomos colocar combustível. O caminho para casa estava tranquilo até o momento em que passamos do trevo de Rio das Antas e subimos sentido Sincol. Acabamos perdendo a direção e caindo em uma valeta no canto da estrada. Caí pra fora da Kombi mas não senti nada no momento e o Glaykom não se machucou. A minha preocupação naquela hora era tirar ela dali. Ligamos para o pai do Glaykom e ele veio nos socorrer (como sempre), chamei também uma amiga que estava por perto e ela e o namorado vieram ajudar.
Tiramos a Efigênia de lá e fomos pra casa. Não me machuquei muito, só sinto dor nas pernas, no braço direito e no peito quando respiro. A Efigênia ficou com a porta do passageiro torta, com um amassado perto da roda traseira direita, uma calota amassou e o para choque também ficou torto, mas nada de tão grave.
Fiquei boa parte da noite me perguntando como isso aconteceu e ainda não achei uma resposta, também fiquei com um pouco de medo de sair com ela de novo e realmente não vai dar pra sair enquanto não consertarmos a porta, pois agora ela não fecha direito.

Nesse momento a Efigênia precisa de um banho e alguns consertinhos. E nós precisamos arrumar outro meio de transporte, porque dessa vez a Kombi vai ficar parada por um tempinho.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Esclarecimento (e agradecimento!)

 Primeiramente, agradecemos as mais de mil visualizações que tivemos. Esperamos que vocês continuem nos acompanhando.
 O nosso fluxo de postagens parou porque estamos "sem internet".
 Assim que for possível, voltaremos a postar regularmente.
 Obrigado.